De acordo com o Conselho Nacional de Justiça - CNJ, nos últimos 10 anos houve um aumento de 1600% no número de processos judiciais por erro médico no Brasil.
Dentro desse contexto, podemos apontar inúmeros motivos que resultam neste quadro assustador em nosso país, dentre eles cabe um destaque especial às mudanças de perfil tanto da parte do profissional, como do paciente.
Em relação aos profissionais, é inegável que houve a chamada “mercantilização” da profissão. Hoje em dia, em geral, temos uma relação mais fria, com atendimentos muitas vezes rápidos por conta da precariedade das condições de atendimento e jornadas de trabalho excessivas, aliados à alta quantidade de atendimentos em curto espaço de tempo.
Por outro lado, não temos mais um paciente, mas sim um consumidor, que possui um nível de exigência cada vez mais elevado, tendo a seu serviço a democratização da informação e as facilidades para acesso ao Poder Judiciário.
Apontamos ainda outras causas que contribuem para o aumento dos processos como, por exemplo, as constantes falhas estruturais e falta de investimento na saúde. Isso sem contar os casos de absoluta má fé do paciente.
A situação é alarmante e tem preocupado a nós, médicos, uma vez que a condenação na esfera judicial pode significar o desembolso de altas quantias e comprometimento do nosso patrimônio pessoal, social e profissional.
QUAIS ESPECIALIDADES MÉDICAS MAIS SOFREM PROCESSOS
Muitos de nós nos preocupamos com a nossa qualidade de vida, com o tempo de rentabilidade, no que diz respeito ao retorno do capital investido e, é claro, com a satisfação pessoal, além da segurança na atuação (segurança jurídica), bem como outros aspectos que, obviamente, deveriam ser levados em consideração antes de marcar o "X" em nossas vidas profissionais.
Aqui trazemos uma média nacional dos processos médicos com relação às especialidades médicas, o que não reflete na realidade individual de alguns escritórios de advocacia.
Em geral, temos como sequência nesta relação:
1) Ginecologia e Obstetrícia;
2) Ortopedia e Traumatologia;
3) Cirúrgia Plástica;
4) Cirurgia Geral;
5) Clínica Médica.
No entanto, a emergência primária, popularmente conhecida como "plantão de porta”, não se enquadra como "especialidade", porém, o médico plantonista está entre os três mais processados .
Salientamos que esta relação trata de uma média, portanto, varia de escritório para escritório.
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